Prefeito Marchezan e a primeira-dama Tainá Vidal visitaram a Vila Planetário, um dos locais contemplados no projeto piloto. Foto: Cesar Lopes/PMPA
O prefeito Nelson Marchezan Júnior assinou nesta quinta-feira, 13, a ordem de início do projeto piloto da Parceria Público-Privada (PPP) de iluminação pública de Porto Alegre. A etapa de validação do modelo de modernização do sistema contempla 2.558 pontos de lâmpadas LED em cinco avenidas: Assis Brasil, Bento Gonçalves, Ipiranga, Nonoai e Cavalhada. São trajetos de grande circulação de veículos, pedestres e transporte coletivo, abrangendo quatro regiões. A Vila Planetário, às margens da Ipiranga, também faz parte da área contemplada no piloto e deve receber ação de revitalização de fachadas por artistas de rua, em parceria com a ONG Misturaí, para a criação de museu a céu aberto e transformação do bolsão da rua Luiz Manoel em espaço de arte, convivência, empreendedorismo e oportunidades para a comunidade.
“A ordem de início deste projeto piloto de iluminação pública, a primeira PPP do Rio Grande do Sul, é um marco importante para toda a cidade e de certa forma também para o país, algo que nós elaboramos e que o Brasil ficou olhando pra nós como um modelo”, afirmou o prefeito Marchezan em live de apresentação e anúncio do início do piloto, na tarde desta quinta-feira. "A tecnologia que vem embarcada nesse conceito é uma grande ferramenta para a segurança pública e possibilita que uma infinidade de serviços e ferramentas de gestão possam ser colocados em prática. É a estrutura pública real de uma cidade inteligente e um estímulo para que a iniciativa privada crie alternativas de empreendedorismo, qualidade de vida e autoestima da população", afirmou.
De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Hiratan Pinheiro da Silva, o projeto-teste antecipa os resultados de uma ampla transformação do sistema de iluminação da Capital. “É a oportunidade de a população ter uma ideia inicial de como ficará todo o parque de iluminação da cidade. Sem custos adicionais para o contrato, poderemos avaliar o trabalho do consórcio responsável pela PPP, fazendo mudanças ou adaptações em caso de necessidade”, explica.
As intervenções das equipes da Concessionária IP Sul, vencedora da licitação, começam a partir do dia 1º de setembro e têm duração estimada de 30 dias. No projeto piloto, serão substituídas por LED 2.108 lâmpadas que hoje contam com iluminação de vapor de sódio, além de 450 novos pontos instalados. Após a primeira etapa dos trabalhos, o modelo de renovação do sistema será estendido para toda a cidade, substituindo cerca de 101,5 mil pontos de iluminação em dois anos.
Para o secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro, o processo de construção e operacionalização da PPP foi “bem amadurecido” em termos de gestão pública. “Passaremos de apenas 6% para 100% de iluminação de LED na cidade. Além disso, o pagamento da prefeitura para a concessionária será feito de forma escalonada, sempre proporcional ao nível de execução contratual, e só atingirá os R$ 1,74 milhões quando todo o parque estiver renovado”, esclarece.
O sistema de telegestão a ser implantado no novo parque tecnológico de iluminação se comunica com o conceito de smart city, abrindo a possibilidade de implantação de diversas funcionalidades para auxiliar a gestão pública. Entre os serviços que poderão ser acoplados ao sistema de iluminação, estão wifi, câmeras e semáforos inteligentes, sensores pluviométricos, meteorológicos e de qualidade do ar, entre outros.
"Estamos trabalhando para atender todas as expectativas da população de Porto Alegre. As equipes técnicas da prefeitura, das diferentes secretarias, têm sido parceiras da concessionária. O projeto piloto vai ser importante para a validação da nova tecnologia e da nossa metodologia de execução", afirmou o diretor-geral da Concessionária IPSUL, Cláudio Luiz da Silva Abreu, durante a transmissão on-line.
Sobre a PPP - O contrato da primeira PPP do Rio Grande do Sul foi assinado no último dia 17 de junho. O consórcio vencedor, IP Sul – formado pelas empresas Quantum Engenharia, GCE S/A, Fortnort Desenvolvimento Ambiental e Urbano e STE Serviços Técnicos de Engenharia – vai gerir o parque de iluminação da Capital pelos próximos 20 anos. O modelo de parceria vai proporcionar economia de R$ 10 milhões ao ano para os cofres da Administração Municipal, com redução de 50% na conta de energia pública, investimentos projetados de R$ 400 milhões ao longo da execução do contrato e mais segurança para os 1,5 milhão de porto-alegrenses que moram do centro à periferia da Capital.
Visita - Depois da apresentação do projeto piloto, o prefeito Nelson Marchezan Júnior e a primeira-dama Tainá Vidal visitaram a ONG Misturaí, na Vila Planetário, bairro Santana. A ONG atende cerca de 200 pessoas por dia, oferecendo jantar para moradores da vila, arredores e mais oito comunidades de diversas regiões da Capital.
“Começamos a fazer quentinhas, junto com o os outros atendimentos aqui na casa, mas depois da pandemia aumentamos a oferta de refeições para todos os dias, de segunda a segunda” destaca a presidente da ONG, Mara Luisa Nunes.
Com a ação “Iluminar para incluir”, a Vila Planetário foi inserida no projeto piloto da PPP. O objetivo é ampliar a oferta da iluminação à comunidade e transformar a comunidade num modelo de cidade inteligente.
A auxiliar de serviços gerais Evenisse Vargas Mendes, moradora da vila há 30 anos e voluntária da ONG Misturaí, acredita que a ampliação da oferta de iluminação e internet vai possibilitar mais segurança aos moradores. “Temos muito problema em alguns becos que não têm luz e quando a gente precisa passar, à noite, não enxerga nada. A internet aqui pra gente também vai ser uma maravilha”, completa Evenisse.
Texto: Jackson Lagoas, Vanessa Sampaio e Luciana Mismas
Matéria completa no site da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
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